Em 2017 iniciamos os estudos para implantação do PEI na Escola Raio de Sol mantida pela APAE de Nova Andradina/MS, utilizavam-se de fichas e os professores preenchiam para cada aluno, era um trabalho dispendioso, com redundância das informações e ao final dificilmente conseguiríamos fazer uma análise mais completa dos resultados, pelo volume de papel e falta de uma ferramenta tecnológica para ajudar no processo.
Tendo como objetivo apresentar os resultados de um trabalho conjunto com os profissionais que em diversas reuniões evoluímos juntos na busca de uma melhor melhor estratégia para o desenvolvimento de um sistema que viesse auxiliar no processo de implantação do PEI.
Para Glat e Pletsch(2013) o Plano Educacional Individualizado(PEI), é um recurso para orquestrar, de forma mais efetiva, propostas pedagógicas que contemplem as demandas de cada aluno, a partir de objetivos gerais elaborados para a turma. É uma alternativa promissora, na medida em que oferece parâmetros mais claros a serem atingidos, sem negar os objetivos gerais colocados pelas propostas curriculares (p. 22).
É necessário dizer que antes de elaborar o PEI, o professor precisa fazer uma avaliação do aluno(a) com o objetivo de identificar as potencialidades, habilidades e até mesmo as dificuldades.
Primeira fase: Identicação do aluno(a)
Em primeiro momento, entende-se que o PEI não envolve apenas o professor(a), e sim todos profissionais da escola, área social, saúde, gestores, secretárias etc. O principal desafio foi na elaboração de um sistema completo, com telas de fácil entendimento com opção de agrupar todas as informações pessoais possíveis sobre o aluno(a) na escola e atividades desenvolvidas no cotidiano com a família Figura 1.

Vale ressaltar que nenhumas de nossas parcerias tinham algum sistema para auxiliar no gerenciamento da escola, apenas planilhas em excel, word e as vezes preenchimento manual dos planejamentos e diários escolares.
Segunda fase: Avaliação
É necessário um sistema de avaliação que tenha uma melhor precisão na avaliação do aluno com alguma deficiência, diferente da escola regular disponibilizamos opções de avaliações que contribui com todo o processo, por conceito, notas de cada conteúdo pelo PLANO INDIVIDUALIZADO e relatório descritiva com a periodicidade que a gestão preferir que seja preenchido. Figura 2.

Terceira fase: Intervenção
O professor poderá através dos objetivos propostos no PEI avaliar e/ou reavaliar o trabalho desenvolvido com toda a turma ou de forma individualizado, com acompanhamento da coordenação pedagógica que via sistema visualiza e interage com o professor(a) através da tela de Gestão do PEI.
Conclusão
Todo este processo de implantação do PEI nos leva a diversos desafios e quebra de paradigmas dentro da escola, nas APAES é necessário um trabalho conjunto, unindo todas as áreas e todos os profissionais para atuarem em prol do aluno e para o aluno, compartilhando informações e buscando novas estratégias com o apoio da família. Vale ressaltar que os resultados gerados ficam disponíveis no sistema em gráficos e relatórios.
Em um próximo artigo falaremos da ferramenta de realização do INVENTÁRIO, esta que auxilia no levantamento das informações a respeito do aluno(a): Habilidades acadêmicas, Habilidades da vida diária, Habilidades motoras/atividade física, Habilidades sociais dentre outras com suas subcategorias com geração de gráficos e relatórios.
Referências
GLAT, R. & PLETSCH, M. D. Plano Educacional Individualizado (PEI): um diálogo entre práticas curriculares e processos de avaliação escolar. In: Rosana Glat e Márcia Denise Pletsch.(Org.). Estratégias educacionais diferenciadas para alunos com necessidades especiais.1ed. Rio de Janeiro/RJ: EDUERJ, 2013, v. 1, p. 17-32.